segunda-feira, outubro 30, 2006

Episódio 5

Pedro acordou no hospital.
Ao acordar, deparou com um homem que estava a fechar a porta do quarto em que o jovem se encontrava. "Quem é este homem? Parece que o estou a reconhecer...", pensava Pedro. "Espera! É ele... É o homem que tinha as minhas chaves, o que estava do outro lado da rua... Será possível?". Era. Era esse mesmo homem que ele viu, corpulento e com expressões rudes.
Pedro estava a ficar aterrorizado. O homem virou-se na sua direcção e começou a avançar com uma almofada na mão. Nessa altura o jovem percebeu tudo. O rapaz estava certo de que aquele homem queria matá-lo, queria sufocá-lo com aquela almofada que se ia aproximando.
Pedro entrou em pânico. Não conseguia perceber por que razão tal coisa lhe estava a acontecer. Começou então a implorar pela vida. O homem, como que surdo e cego, não parecia sequer ouvir as súplicas do rapaz, nem parecia ver o terror e o desespero apoderarem-se da sua face. O homem não via senão o seu objectivo. Por isso, continuou a avançar. Estava já muito perto.
Por instinto, Pedro começou a lutar, a lutar contra o homem, a lutar pela vida. Mas não valia a pena. O homem era muito mais forte que o pobre Pedro.
Foi então que aconteceu. A almofada cobriu-lhe, por fim, a cara toda. O jovem começou a sufocar. "SOCORRO!". Ninguém o ouvia. Não havia mais nada a fazer. Até que ficou tudo preto.
Repentinamente, Pedro abriu os olhos. "Estarei no céu?". Não. Estava na sua cama, no seu quarto, na sua casa. Não passara tudo de um sonho.
Mas, pelo menos, as notas de quinhentos continuavam a ser uma realidade. Ou será que não?
(. . .)