sábado, outubro 28, 2006

Episódio 3

Quando a aula terminou, foi a correr desenterrar o dinheiro. No exacto momento em que procedia a esta operação, (...) o Pedro ouviu um barulho estranho que o pôs em alerta, mas ao olhar em volta não viu nada senão o descampado e, como o mais provável era ser um animal qualquer, não ligou e lá acabou por desenterrar as notas e pô-las mochila.
Continuou o caminho para casa, durante o qual passou o tempo a pensar no que haveria de fazer ao dinheiro. Quando chegou à entrada do seu prédio, enquanto tirava as chaves da mochila teve a estranha sensação de que estar a ser observado, mas, como não viu nada de suspeito, supôs que isso se devesse ao nervosismo de trazer aquela elevada quantia de dinheiro.
Chegou a casa e foi directamente para o quarto, e pôs-se a pensar onde esconderia o dinheiro. Acabou por decidir pôr o dinheiro dentro da caixa do computador, pois aí ninguém haveria de mexer. Continuou com a sua rotina durante o resto do dia sem nada de estranho, até que à noite, quando se ia deitar, ao fechar os estores da janela reparou que em frente do seu prédio estivera o dia inteiro um carro que nunca tinha visto por ali, com um sujeito no interior. Mas pensou ser apenas uma coincidência e que ele é que devia estar com a mania da perseguição devido à sua descoberta. Deitou-se e lá acabou por adormecer.

( . . . )