sábado, setembro 30, 2006

Bem.. eu tentei mil e uma maneiras de postar este video mas, infelizmente não consegui, por isso deixo-vos o link.


Para mim este é o melhor anúncio publicitário de sempre, não podia estar mais realista.
É impressionante como um simples coro é capaz de nos surpreender desta maneira.
Acho que ninguém vai ser capaz de fechar a "janelinha" sem o ver até ao fim!

sexta-feira, setembro 29, 2006

Pontos, vírgulas e outros sinais

À

...será que é assim que organizo as minhas ideias,
com vírgulas,
ponto de interrogação...

s vezes a escrita vai por ali fora e, zás, uma vírgula, depois outra, outra ainda, afinal servem para quê, estes minúsculos traços que escrevemos a seguir às palavras, a separar frases, pensamentos, será que somos assim tão limitados no pensamento para necessitarmos dessas pequenas pausas que nos façam organizar o raciocínio acerca do que lemos, do que escrevemos, do que nos passa pela cabeça, será que pensamos com vírgulas, com pontos, com interrogações e exclamações, afinal há quem pense com imagens e não só com palavras, e será que as imagens precisam de vírgulas ou porventura usamo-las na nossa vida, levanto-me, acendo a luz, vou à casa de banho, depois passo pela cozinha, como qualquer coisa para não sair para a rua em jejum, pão, queijo, cereais, fruta, passo após passo uma vida separada por vírgulas, de quando em vez um ponto final, um parágrafo, mudo de ideias, penso noutra coisa qualquer, esqueço o que tinha pensado antes, fico ensimesmado, sem nada que me passe pela cabeça, com reticências, acordo de repente deste estado de meia sonolência, exclamo, no que estava eu a pensar, ponto de interrogação, estava mas era a perder tempo, que os minutos estão mais do que contados, irrito-me comigo mesmo, uso outro ponto de exclamação, apresso-me a vestir-me, tudo pequenos actos em sucessão, entrecortados por vírgulas, lá estão elas outra vez, será que é assim que organizo as minhas ideias, com vírgulas, ponto de interrogação, um ponto final semeado aqui e ali para separar melhor, um parágrafo se encerro um assunto, se já deu o que tinha a dar, se acabo uma sequência antes de passar a outra, até por fim adormecer e começar tudo de novo.




quinta-feira, setembro 28, 2006

Vale tudo?





Por vezes, a publicidade serve também para alertar consciências, para denunciar abusos, tendo assim uma função social e pedagógica evidente. Mas será que o contrário também é legítimo? Ou seja, o facto de uma marca de um produto qualquer se servir do sofrimento alheio para difundir uma imagem polémica e daí obter dividendos comerciais pode ser uma prática aceitável? E substituir-se às palavras através de uma linguagem meramente visual, chocante, à qual apenas se acrescenta um logótipo comercial, como no caso do anúncio de uma marca de roupa que utiliza a imagem de um doente de SIDA em último grau e do desespero da sua família?

Será por isso lícito, por exemplo, criar uma campanha de prevenção rodoviária com fotografias de vítimas ensanguentadas de acidentes, desde que a família autorize?



Esta fotografia foi tirada em Burgos, se não tivesse dentro do carro provavelmente estaria muito melhor, mas mesmo assim não deixa de ser bonita (pelo menos para mim).

quarta-feira, setembro 27, 2006

Um vídeo publicitário

publicidade - s. f.,
estado do que é público; divulgação; notoriedade pública; reclamo comercial.





Ví­deo de Daily Motion


Para além do humor que possam conter, como é o caso deste anúncio, os vídeos publicitários pretendem fazer passar mensagens, criando expectativas no público a quem se destinam.

Através da observação deste pequeno vídeo, tenta perceber qual o público-alvo a que se destina, se se trata de um anúncio de uma empresa ou instituição, que intenção está por detrás das imagens e da situação, e se pode ser considerado eficaz ou não.


terça-feira, setembro 26, 2006

Pensamento do dia

Ilustração de M.C.EscherNão é por as coisas serem difíceis que não temos ousadia.

É por não termos ousadia que as coisas são difíceis.

Séneca, escritor romano

segunda-feira, setembro 25, 2006

Para começar

Isto podia começar com um era uma vez, com um naquele dia chovia (ou fazia sol, ou estava nevoeiro, ou o dia estava assim-assim). Também podia ser com quando nasci, com quando o/a vi pela primeira vez, são tantas as hipóteses, que se uma pessoa se pusesse para aqui a escrevê-las a todas podia ir parar às quinhentas páginas e não passar do início, ficava de fora o meio e o fim, e uma coisa sem meio nem fim não é coisa que se veja, porque normalmente as coisas começam, vão por ali fora e depois acabam.

O pior é que, quando acabam, fica-se com vontade de que não tivessem acabado. Pelo menos algumas vezes, que quando as coisas são desagradáveis só queremos é que acabem depressa. Mas o que não há é maneira de voltar atrás. O tempo que é agora no momento seguinte já é um depois. E não regressa. O era uma vez que se repete vezes sem conta só acontece nas histórias. Por isso vale a pena escrevê-las, porque as coisas escritas podem repetir-se agora, e depois, e depois ainda. Tantas vezes quantas as que quisermos. Só o que dizemos é que não se repete. A conversa desaparece, mas a escrita fica. É a única que tem memória. E é também a única que pode deixar qualquer coisa de nós que dure mais do que um único instante. Bem, à excepção das fotografias ou dos filmes, mas isso são apenas imagens de nós e não o que somos.

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